De junho a setembro, cinco países - Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França e Nova Zelândia - anunciaram ter sofrido ataques a redes de computadores realizados por hackers chineses.
As suspeitas deles se dirigem especialmente ao "terceiro departamento" das forças armadas chinesas, encarregado da guerra eletrônica, entre cujas tarefas estaria a penetração de sistemas de computação de governos estrangeiros. Esse serviço funciona em separado do segundo departamento, encarregado de "informações humanas". Os serviços chineses de informações representam uma vasta constelação que emprega os serviços de quase dois milhões de agentes, permanentes ou de tempo parcial.
Nos casos ataques contra sites de governos ocidentais, que tomaram basicamente a forma de envio de arquivos corrompidos via e-mail, a assinatura é difícil de determinar, mas é possível seguir certas pistas que conduzem a endereços de computadores localizados na China.
Mas outras razões incitaram os especialistas em informações a concluir que Pequim lançou uma vasta ofensiva de computação com o objetivo de testar, e quem sabe tentar penetrar, as redes governamentais de países ocidentais. Não lhe faltam recursos: a China tinha cinco mil internautas em 1995, 46 milhões em 2002, 87 milhões em 2004 e 137 milhões em 1007 (10% da população do país e 30% da população de Pequim).
Hoje, os nove provedores de acesso do país, em especial a ChinaNet, que serve a 80% dos internautas chineses, estão sob o controle do Ministério da Indústria e Informação. Empresas estrangeiras como a Cisco Systems, dos Estados Unidos, que solicitavam licença para operar no mercado chinês só foram autorizadas a fazê-lo caso aceitassem a vigilância permanente de suas redes; em suma, caso "colaborassem".
Qual é o objetivo da China? Diante do poderio militar norte-americano, explica um especialista, o país pratica uma doutrina de "dissuasão assimétrica", concentrada em tecnologias de ponta. Os ataques de hackers são um exemplo, como o é a "iluminação" por laser de um satélite norte-americano, em 2006, seguida pelo disparo de um míssil contra satélites em janeiro deste ano, como prova de poderio.
A França reconhece ter desenvolvido técnicas de defesa mas, como aponta um especialistas, "para se defender é preciso conhecer as tecnologias de ataque".
Os ataques a redes oferecem a vantagem, se é possível defini-la assim, de uma relativa impunidade para os responsáveis. Os estonianos, que sofreram um ataque maciço em abril, reconhecem hoje que suas acusações ao governo russo foram apressadas, se bem que não necessariamente indevidas: milhares de hackers russos, patrióticos ou não, e instalados em ambos os países, participaram da ofensiva. Havia elos com o governo da Rússia? Ninguém é capaz de responder com certeza. "Não há traços de ADN na computação", observa um especialista.
As suspeitas deles se dirigem especialmente ao "terceiro departamento" das forças armadas chinesas, encarregado da guerra eletrônica, entre cujas tarefas estaria a penetração de sistemas de computação de governos estrangeiros. Esse serviço funciona em separado do segundo departamento, encarregado de "informações humanas". Os serviços chineses de informações representam uma vasta constelação que emprega os serviços de quase dois milhões de agentes, permanentes ou de tempo parcial.
Nos casos ataques contra sites de governos ocidentais, que tomaram basicamente a forma de envio de arquivos corrompidos via e-mail, a assinatura é difícil de determinar, mas é possível seguir certas pistas que conduzem a endereços de computadores localizados na China.
Mas outras razões incitaram os especialistas em informações a concluir que Pequim lançou uma vasta ofensiva de computação com o objetivo de testar, e quem sabe tentar penetrar, as redes governamentais de países ocidentais. Não lhe faltam recursos: a China tinha cinco mil internautas em 1995, 46 milhões em 2002, 87 milhões em 2004 e 137 milhões em 1007 (10% da população do país e 30% da população de Pequim).
Hoje, os nove provedores de acesso do país, em especial a ChinaNet, que serve a 80% dos internautas chineses, estão sob o controle do Ministério da Indústria e Informação. Empresas estrangeiras como a Cisco Systems, dos Estados Unidos, que solicitavam licença para operar no mercado chinês só foram autorizadas a fazê-lo caso aceitassem a vigilância permanente de suas redes; em suma, caso "colaborassem".
Qual é o objetivo da China? Diante do poderio militar norte-americano, explica um especialista, o país pratica uma doutrina de "dissuasão assimétrica", concentrada em tecnologias de ponta. Os ataques de hackers são um exemplo, como o é a "iluminação" por laser de um satélite norte-americano, em 2006, seguida pelo disparo de um míssil contra satélites em janeiro deste ano, como prova de poderio.
A França reconhece ter desenvolvido técnicas de defesa mas, como aponta um especialistas, "para se defender é preciso conhecer as tecnologias de ataque".
Os ataques a redes oferecem a vantagem, se é possível defini-la assim, de uma relativa impunidade para os responsáveis. Os estonianos, que sofreram um ataque maciço em abril, reconhecem hoje que suas acusações ao governo russo foram apressadas, se bem que não necessariamente indevidas: milhares de hackers russos, patrióticos ou não, e instalados em ambos os países, participaram da ofensiva. Havia elos com o governo da Rússia? Ninguém é capaz de responder com certeza. "Não há traços de ADN na computação", observa um especialista.
Fonte: Terra
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